quarta-feira, 13 de agosto de 2008

It's allright.

Over, finally. A part of me necrosed, yet useless and totally detachable. Another feeling free and couraged to start all over. Or not, but that's not something I want people to know. Bullshit, I will. I was trying, actually. I just didn't have what it took for me to really wanna start again. And I have it now. The feeling of umpossibility and still, hapiness. That's an oh-so-fucking confirmation, isn't it?

What's ahead, then? Life's predictable, but no one knows.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Medo, não sei do quê, o porquê. Idiotice minha, falta de vontade, conformismo, o que quer que seja. Deveria ser tão fácil!
Tanta gente, tanta coisa, e nada (ninguém). Não que faça tanta falta, porque a questão não é alguém, é quem. Ah, tanto faz.


Chove lá fora, e eu não tenho mais você
Quanta vontade de te ver
Saudade é a tempestade que fecha o verão
É o último suspiro da paixão
Marjorie Estiano

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

sobre eu e ele

Está difícil, tanto quanto nunca foi. Lidar com as coisas que eu não consigo fazer, dizer. Com o que eu sinto, penso, desejo (e eu desejo tantas coisas). Época estranha, cheia de reviravoltas e ligações (nem tão indesejadas assim) com o passado que me impedem de avançar, superar.
Às vezes é como se ele tivesse realmente se tornado uma cicatriz risonha e corrosiva (marcada a ferro e fogo em carne viva), que nunca se esquece de me lembrar que ela está ali quando parece que eu a esqueci. E não é só ela! Todos a minha volta me perguntam, me lembram, insinuam. Como se não doesse, como se eu e você tivéssemos realmente sido nós algum dia. Mas os outros são os outros e só o que importa é o que eu penso (dói mais ainda pensar que até hoje eu penso no nós que não fomos).
Há tantas (ou nenhuma) opções, vários caminhos. Se ao menos minha vontade de esquecer realmente fosse maior que a felicidade que me invade ao pensar no final feliz (porque eu nos vi lá, Chase e Cameron, pateticamente verdade)... Mas eu não disse, não é? Nunca disse.

Mas quem eu quero está tão longe, longe de mim (ou não).

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Você se senta à mesa, ela já está a comer. Dali alguns segundos, ele chega. Em uma mão, a parede: escora-se nela porque suas pernas já não lhe respondem mais. Na outra, os pães e a mexirica. Apoia-se na mesa e a observa, com o olhar fatalmente deturpado, apaixonado. Coloca a mexirica sobre a mesa e diz-lhe que havia comprado para lhe oferecer. Ela, desgostosa com a situação, afirma que a comerá depois. Você escuta um murmúrio, e é dele. Diz que comprara a mexirica só para ela, porque lembrara que ela gosta muito daquela espécie. Pocã. Você ri, irônica, cheia de ódio. Ri porque a semi ebriedade dele é patética, insuportável, fruto do amor absurdo, ou talvez do desejo incessante pela carne que já há muito lhe é negada. E você enfia a faca na mesa, em uma tentativa fracassada de exprimir todo o ressentimento que lhe encarcera a alma. Ele não pensa mais. Não tem mais ética. Não enxerga mais o mundo com os olhos de outrora. Quando está semi sóbrio, tudo o que ele pensa é em como não recebe o que dá, em como tudo o que acontece a sua volta lhe desfavorece. Não pensa mais em você, ou no outro. Só nela. Aliás, nele mesmo, porque o que quer dela é única e exclusivamente aquilo que lhe matará a vontade, que lhe trará prazer. E isso te faz pensar no que disse o Brás Cubas, outrora... Ninguém suporta sua própria humanidade.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Tempo, tempo, tempo, mano velho.
Você quer. Ele ainda não sabe, mas quer também. É comum querer nesta idade. Você vai, instiga. Ele aceita seu desafio, e é aí que a sua perdição começa. Mas, apesar de tudo, você não deseja que ele não tivesse aceitado. Você se aproveita, utiliza-se do dom supremo da manipulação que, a este grau, é quase naturalmente feminino. E ele se afunda mais. De qualquer modo, não vai sozinho. Ele se afunda no vício, você, no sentimento. Você gosta. E isso a destrói gradativamente, pedacinhos da sua sanidade se vão diluídos na água fria da realidade: ele não a quer do mesmo modo. Mas, afinal, não foi você quem o ensinou a gostar do pecado? Vê-se enfim pega na própria cilada, querendo-o como mais que um objeto. Mas você ainda é um objeto para ele, e ele faz questão de te lembrar disso em cada palavra não dita e carinho não contribuído. É só o sexo, ou quase isso. Ele a usa. Usa e abusa, na dança angustiante do não ser e não poder. Você conhece todos os cheiros e todas as texturas, mas ele a priva dos sabores. Você finge não ligar, na verdade mente. E tropeça na própria estupidez quando percebe que, se houvesse os sabores, não seria a mesma coisa. Percebe que a angústia do não ser não é de todo ruim, porque se vocês fossem nada seria como é e tudo está perfeito como está. O não poder é relativo. Você pode tudo menos os sabores, porque ele não quer se prender a você. E neste ponto, é só isso que a incomoda. Enfim percebe também que gosta de ser usada porque, afinal, você também o usa, e a sensação é simplesmente deliciosa...

quarta-feira, 26 de março de 2008

Me dê noticia de você
Eu gosto um pouco de chorar
A gente quase não se vê
Me deu vontade de lembrar
Me leve um pouco com você
Eu gosto de qualquer lugar
A gente pode se entender
E não saber o que falar
A gente quase não se vê
Eu só queria me lembrar
Me dê noticia de você
Me deu vontade de voltar
Chico Buarque - Cadê Você? (Leila XIV)
É auto-explicativo. Vou mas volto.

segunda-feira, 24 de março de 2008

sobre rotina

Ultimamente uma sede por leituras me toma a mente, sempre que me pego distraída. Quero ler tudo, e todos. Ler cada momento, cada olhar, cada faceta dessa vidinha ora mágica, ora traiçoeira. Os livros, como os quero devorar sem medo, sem repreender-me. Mas a minha razão, triste razão, não permite que eu largue tudo o que me mantém ligada ao mundo ao qual me relaciono. As tarefas, malditas tarefas. Provas, provam o quê? Provam somente o quanto eu deixei de fazer o que quero para me dedicar a coisas que talvez eu nunca mais utilize. Oras, eu dizendo isso? Justo eu, quem tem estudado assiduamente? Pois é, José. Vou indo correndo buscar meu lugar no futuro (e você?). Mas isso são outros quinhentos.
Perdi-me em devaneios. Perder. Perder-se em cabelos, cheiros, curvas, pêlos, mãos, olhares, abraços. Intensidade, que falta ela me faz. Acordar, ir à aula, prestar atenção, conversar, voltar para casa. Nada de diferente. Nada de novo. Eu, sempre apaixonada pela rotina, me canso dela tempo em tempo. Não reclamo. Gosto de acordar, ir à aula, prestar atenção, conversar e voltar para casa. Mas falta algo. Alguém (ele). Não, não é ele quem me falta. É alguém que faça o que ele fazia, faça o que ele fazia maravilhosamente bem.
E não há nada mais verdadeiro que isto (embora eu o quisesse citar no post que eu prometi dedicar ao amor... Tanto faz.):
Nunca amamos ninguém. Amamos, tão-somente, a idéia que fazemos de alguém. É a um conceito nosso - em suma, é a nós mesmos - que amamos. Isso é verdade em toda a escala do amor. No amor sexual buscamos um prazer nosso dado por intermédio de um corpo estranho. No amor diferente do sexual, buscamos um prazer nosso dado por intermédio de uma idéia nossa.
Fernando Pessoa
E aqui me despeço, cansada de muitas coisas. Acredito que o que me mantém respirando é essa raiva tamanha que me consome dia após dia. Como é bom... Depois volto.